A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo cintila,
a boca espera
(que pode uma boca esperar senão outra boca?)
espera o ardor do vento
para ser ave e cantar.
Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
Eugênio De Andrade, poeta português, falecido no ano de 2005 aos 82 anos e dono de uma extensa obra poética, alguma obra em prosa e literatura infantil , tendo traduzido obras de Frederico Garcia lorca, da poetisa grego clássica Safo, de Jorge luis Borges e outros mais.Marcia M
3 comentários:
I loved it, my sister !!!
"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade..."
É de Eugênio também.
Beijossss
Linda escolha!!beijos,chica
Falou em beijo , já cheguei. Sou conhecida (e como) pelos beijos que envio pra todo mundo. Beijoss para o porteiro, pro homem da pizza, pro lixeiro.... Aliás, enviava, porque um amigo que eu adoro, amo de montão, me deu uns toques pra não ficar enviando beijos e beijos porque há quem não interprete, não veja com bons olhos. Pode isso ? Mas...estou me segurando.
Quando vc puder, leia no meu blog um post em que conto tudinho sobre o beijo. Falando nisso, um beijo pra vocês. :)
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